Pesquisa (auto)biográficas e práticas de formação

O que possibilita socializar a riqueza das contribuições reunidas neste livro – Pesquisa (auto)biográfica e práticas de formação – é inquestionavelmente a cooperação científica entre os grupos de pesquisa que promovem e garantem o êxito dos Congressos Internacionais sobre Pesquisa (Auto)Biográfica (CIPA). A notoriedade nacional e internacional do CIPA deve-se, em larga mediada à diversidade dos temas abordados, mas também pelos desdobramentos que proporcionam as publicações dos trabalhos apresentados, que sistematizam e difundem a reflexão epistemológica, teórica e metodológica oportunizada por seus eixos temáticos. 

As fontes (auto)biográficas, constituídas por diários, autobiografias, biografias, cartas, memoriais, entrevistas narrativas, relatos, cadernos escolares, entre tantas outras, tornaram-se há mais de trinta anos objetos de investigação dos mais pertinentes em Educação. Elas têm permitido criar novos territórios de indagação sobre a aprendizagem nos mais diversos domínios e nas mais distintas modalidades. Não é, portanto, sem razão que os grupos de pesquisa reúnem-se em redes nacionais e internacionais e, por esse viés, estudam processos identitários, questões de socialização, modos de escolarização, problematizam a exclusão/inclusão social, resistências e pertencimentos e se interessam cada vez mais com o cuidado de si, com o outro e com o mundo. 

 Os textos, na sua quase totalidade, são da autoria de líderes de grupos de pesquisa consolidados no Diretório dos Grupos do CNPq e trazem para o leitor as principais orientações que embasam a pesquisa (auto)biográfica na pós-graduação das universidades brasileiras, ao sistematizar e apresentar o estado da arte das práticas de pesquisa e de formação em suas diferentes matrizes, permitindo uma ampla visão sobre seus eixos de investigação, seus  referenciais teóricos e metodológicos e novos direcionamentos da pesquisa educacional.